O sistema carcerário brasileiro é ineficiente, não consegue ressocializar as pessoas que ingressam nele e está à beira da falência. Essa avaliação, que beira o senso comum, é comprovada por um dado estatístico fornecido pela Polícia Civil: 40% das 235 pessoas presas ou apreendidas em flagrante neste ano, em Londrina, são reincidentes. Eles já passaram pelo menos uma vez pelo sistema carcerário e voltaram a delinquir. Parte deles (16, de um total de 94) já foi presa neste ano e voltou a ser pega em flagrante. Outros 6 presos nessas condições foram soltos graças ao mutirão promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para os policiais, prender o mesmo cidadão mais de uma vez num curto espaço de tempo dá impressão de que o trabalho “não rende”. É comum nos círculos policiais a leitura de que a lei é “frouxa” e facilita a saída dos acusados da cadeia. Para a sociedade, a sensação é pior ainda: o sistema carcerário, que além de punir, deveria reeducar e ressocializar, não consegue fazer nem um, nem outro.
Por mais que os transgressores sejam punidos, a probabilidade de reincidência quando do retorno para a rua é enorme. É um problema que nem o aumento de efetivo das polícias – uma necessidade urgente –, nem a melhora na estrutura de segurança pública, são suficientes para dar à sociedade a tão desejada sensação de segurança. Além de um sistema carcerário que tenha condições de recuperar os presos, é preciso voltar as atenções para medidas de prevenção, como investimentos pesados e bem planejados em educação, por exemplo.
Fonte - JL.
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