quarta-feira, 18 de maio de 2011
Mulher morre após passar mal em ônibus; família reclama de demora no atendimento
A família de uma mulher de 58 anos que morreu depois de passar mal dentro de um ônibus do transporte coletivo de Londrina, na terça-feira (17), procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência por demora no atendimento, na manhã desta quarta-feira (18).
Em entrevista à Rádio Paiquerê AM, um primo da mulher relatou que ela não recebeu nenhum atendimento de urgência dentro do Terminal Central e que o Samu teria demorado mais de uma hora para prestar socorro. Com a demora, familiares resolveram levar a vítima, em um carro particular, para o hospital, mas ela não resistiu.
O coordenador do Samu, Elândio Câmara, disse que, antes de se pronunciar sobre o caso, teria de se informar melhor. No entanto, ele ressaltou que, na tarde da terça-feira, o atendimento ficou prejudicado, pois várias ambulâncias ficaram paradas nos hospitais com macas retidas.
Os prontos-socorros da Santa Casa e Evangélico estavam superlotados. “Não tínhamos como prestar atendimento pela situação dos hospitais. Até encaminhamos um relatório para o promotor Paulo Tavares relatando a situação encontrada na terça”, afirmou.
Segundo o coordenador, como a mulher passou mal dentro do ônibus e o motorista a deixou no Terminal, eles poderiam ter levado a vítima ao Pronto-Atendimento Municipal (PAM). “Se eles descessem mais duas esquinas já estavam no PAM e a situação poderia ter sido resolvida”, disse.
Problema crônico
Como mostrou a reportagem do JL de segunda-feira (16), a retenção de macas é apenas “a ponta do iceberg” de um problema crônico que adoece a saúde de Londrina. O orçamento nacional está muito aquém do necessário, segundo informou o superintendente da Santa Casa, o neurologista Fahd Haddad.
Com macas do Samu/Siate retidas quase que diariamente nos hospitais, aumenta a demora no atendimento aos pacientes graves. Na avaliação do coordenador do Samu, Elândio Câmara, a solução para diminuir a retenção de macas dentro dos hospitais está na melhoria da dinâmica de atendimento nos setores primário, secundário e terciário.
Fonte: Daniel Costa - JL
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