quinta-feira, 24 de março de 2011

Foi-se o VGD. É Vergonhoso. É Gravíssimo. É Doído.

A casa que foi do Londrina por muitos e muitos anos está à venda. O que fizeram de ti, VGD? E o que farão? O velho estádio chega ao final de seus dias caquético, deteriorado, abandonado. Um crime contra um patrimônio arquitetônico da cidade. Em 2009, os sinais mais claros de que ele precisava de cuidado para não tombar foram dados por meio das rachaduras que rasgaram a marquise da arquibancada coberta.

E o que fizeram para socorrê-lo? Nada. O Londrina passou pelo constrangimento de ver sua própria casa interditada várias e sucessivas vezes e não se coçou. A prefeitura também fez que não era com ela.

O VGD ficou sem pai nem mãe. Além das rachaduras, os vestiários subterrâneos também imploravam por reformas, tão condenados a ruir estavam. Sem falar na falta de manutenção que transformou o gramado e tudo o que o cercava em um matagal pavoroso em meados do ano passado.

O mutirão organizado e realizado pelos próprios torcedores alvicelestes assim que o time fracassou na segunda divisão foi o último suspiro de dignidade de um estádio que já recebeu Pelé e Garrincha, transformou Gauchinho no nosso maior artilheiro e viu o Londrina ser campeão paranaense antes mesmo de se saber Tubarão.

É esse VGD tão histórico quanto o Museu Padre Carlos Weiss, o Ouro Verde, a antiga rodoviária, o Autolon, o Igapó, o Zerinho, os prédios da Biblioteca Pública e dos Correios, mas também tão mal cuidado quanto o Zerão, é esse estádio que está prestes a ir ao chão. Ainda que no terreno entre as ruas Jorge Casoni, Amazonas e Acre surja uma moderna Arena, como sonha o prefeito, a história morrerá junto com o último tijolo. É Vergonhoso. É Gravíssimo. É Doído.

Fonte: Diego Prazeres - JL

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