segunda-feira, 28 de março de 2011

Novo contrato não melhora atendimento nos postos de Saúde de Londrina

Quem precisou usar o sistema público de saúde em Londrina durante o fim de semana teve que enfrentar, mais uma vez, a falta de médicos e horas de espera. Em entrevista na semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde garantiu a contratação de plantonistas que deveriam começar a atender à população já no último sábado. A reportagem do JL visitou, neste domingo (27), diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e constatou que a promessa não foi cumprida.

Na sexta-feira, o diretor-executivo da Secretaria Municipal de Saúde, Márcio Nishida, anunciou a contratação de 166 plantões de clínica médica e outros 250 de pediatria com a empresa Classmed, de Londrina. Este era o primeiro passo concreto da prefeitura para tentar diminuir os diversos problemas na Saúde, que foram potencializados com a epidemia de dengue na cidade. Só na última semana, a cidade registrou dois protestos contra o descaso no atendimento médico.

O JL percorreu quatro dos cincos UBSs que estavam de plantão. Na UBS do Jardim Leonor, os pacientes eram orientados a retornarem no período da noite ou na segunda-feira, somente casos urgentes eram encaminhados ao Pronto Atendimento Municipal (PAM). Foi o caso da dona de casa Rosângela Ribeiro que nem passou pela UBS do Jd. Leonor. Ela conta que quando entrou em contato com a UBS, pelo telefone, foi informada para ir direto ao PAM, porque estavam sem médicos.

O quadro não era diferente na UBS Dr. Orlando Vicentini, do conjunto Maria Cecília, zona norte. Os pacientes que chegavam eram atendidos pelas auxiliares e técnicas de enfermagem, triados pela enfermeira, e, por causa da falta de plantonistas, também eram encaminhados ao PAM. Lá, pacientes reclamavam que médicos haviam abandonado o plantão. ”Teve uma médica que chegou, mas foi embora”, disse uma atendente da PAM por telefone. A chefe de enfermagem e responsável pelo plantão, Eliane Rodrigues, não quis falar sobre o assunto.

No Pronto Atendimento Infantil (PAI) a situação era parecida: apenas dois médicos pediatras e tempo de espera de cinco horas. “É um absurdo, o Barbosa Neto disse que ia trazer, e até agora nada”, reclamou Vânia Castro dos Santos, que esperava com a filha há mais de quatro horas na tarde deste domingo. Na UBS Orlando Cestari, no bairro União da Vitória, apenas um médico estava de plantão.

A reportagem entrou em contato com a Secretária de Saúde, Ana Olympia Marcondes Dornelles, mas o celular estava desligado. O diretor-executivo da Secretaria, Márcio Nishida., também não atendeu às ligações.

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