terça-feira, 21 de setembro de 2010

Saúde Pública em Londrina e no Brasil

Hoje assistindo ao Jornal Hoje me deparei com a paralisação de médicos filiados a uma cooperativa no estado de Goiás que se recusam a fazer cirurgias cardiovasculares. O pretexto para a paralisação é o pagamento que os médicos recebem perante o SUS, algo que gira em torno de R$ 894,00, e que os médicos reivindicam um reajuste para R$ 6.000,00 conforme a tabela da associação médica brasileira. Neste último ano cerca de 20 médicos se desligaram do SUS e não estão mais realizando cirurgias para a entidade (leia-se SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE garantia constitucional ao cidadão).

Diante desta paralisação um menino de 20 dias não pode ser operado, pois na região só havia um cirurgião “cardio” na região que não tinha especialização pediatra para a realização da cirurgia.

Pensando no lado dos médicos o valor é irrisório tendo em vista a complexidade da cirurgia e o tempo dispensado para a especialização de tais intervenções cirurgias, porém onde fica o direito do menino de receber atendimento médico? Por que não operar primeiro e cobrar depois? Onde está a ética médica? O novo código, onde está?

Porém não é só em Goiás que a situação está calamitosa, em Londrina uma gestante de apenas 22 anos ficou cerca de 4 horas aguardando uma ambulância do SAMU e ganhou adivinha o que? Um aborto. Além de ter que aguardar todo este tempo e ser socorrida pelos vizinhos, a única coisa que pode ouvir do médico do SAMU foi a constatação da morte de seu futuro filho.

Isto mostra o estado de gritante calamidade em que se encontra a saúde pública neste país, ora pela paralisação dos médicos em Goiás, fechamento do prontos socorros que aconteceram recentemente em Londrina, e agora apenas uma ambulância do SAMU em funcionamento, pois das 12 disponíveis, 11 estão em manutenção ou quebradas no pátio da unidade.

Até quando Londrina, até quando Brasil, até quando Barbosa, Dilma, Serra, ou quem quer que venha.

Apareçam, sejamos conscientes.

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