quarta-feira, 1 de junho de 2011

CMTU é alvo do novo inquérito do Gaeco




O novo inquérito a ser aberto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no desdobramento da Operação Antissepsia, tem como enfoque “outro fato criminoso sobre o qual existem indícios”, segundo afirmou ontem o delegado Alan Flore. De acordo com Flore, essa situação “apareceu durante as buscas na residência” do presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), André Nadai. O delegado afirmou que no cumprimento do mandado de busca e apreensão, dois dias depois da deflagração da Operação Antissepsia, foram apreendidos documentos que sustentariam esses indícios. Ele não deu mais detalhes sobre quais seriam os fatos.

Durante as buscas, também foram apreendidos R$ 29 mil em dinheiro na casa do presidente da CMTU, cuja procedência o Gaeco entende não ter sido comprovada.
Outra situação que veio à tona em decorrência dessas buscas foi a suposta tentativa do ex-procurador Fidélis Canguçu, associado a Bruno Valverde, do Instituto Atlântico, de comprar uma empresa da área ambiental instalada em Arapongas para disputar licitações do lixo em Londrina. Essa operação foi abortada com a deflagração da Antissepsia, o que significa que não foi consumada nenhuma irregularidade. Nadai afirmou que Canguçu fez um primeiro contato sobre a empresa de Arapongas, que teria um sistema de tratamento de chorume.

Foragidos
O publicitário Ruy Nogueira e o biólogo Ricardo Ramirez, que tiveram a prisão temporária decretada pela 3ª Vara Criminal, continuam desaparecidos e são considerados foragidos. O advogado Fábio Martins, que defende Nogueira, entraria ontem com um pedido de revogação da prisão temporária contra seu cliente e estudava a hipótese de entrar com um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça.
A defesa descarta a possibilidade de apresentar o publicitário sem que a prisão temporária seja revogada. O advogado paulista Luiz Eduardo Greenhalg, que também defende Nogueira e é defensor de Ramirez, era esperado ontem no Gaeco, mas não compareceu. De acordo com Martins, Greenhalg pode vir a Londrina hoje ou amanhã para tratar da situação dos seus clientes.

Compasso de espera
Ao contrário da agitação das últimas semanas, a terça-feira foi de calma no prédio do Ministério Público. Com o inquérito concluído e enviado para a Justiça, a rotina de depoimentos foi quebrada ontem. O Gaeco manteve a postura de não detalhar informações sobre as medidas que foram pedidas ao Judiciário, junto com o relatório do inquérito da Operação Antissepsia. Essas medidas definiriam a condição da primeira- dama, Ana Laura Lino, se investigada ou testemunha.

Fonte: JL - Fabio Silveira

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