Um bebê jogado, em um saco plástico, na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), no final do último mês, reacendeu o debate sobre a violência contra crianças. Renata Waksman, pediatra do hospital Albert Einstein e presidente do departamento de Segurança da Criança e do Adolescente na Sociedade Brasileira de Pediatria, afirma que em casos de gravidez indesejada, nascimento prematuro e de poucas chances de sobrevivência não há tempo suficiente para o fortalecimento do vínculo entre mãe e filho, o que pode precipitar abusos. Segundo ela, um dos grandes mitos é achar que a violência só ocorre entre as classes sociais mais baixas. "Infelizmente a violência é democrática, não escolhe sexo, etnia, classe social ou religião", afirmou, em entrevista ao programa "Consulta Médica", no UOL News.
A pediatra diz que a mudança no perfil da família também é responsável pelo aumento do nível de agressividade, que acaba canalizada nos filhos. "Muitas vezes só tem a mãe, que tem que trabalhar, cuidar da casa, da educação, com muitas responsabilidades que elevam o nível de ansiedade e de estresse."
A uma internauta com suspeitas de que os vizinhos abusam dos filhos a pediatra recomenda: "Você pode fazer denúncia anônima pelo 181, o Disque-Denúncia, que funciona muito bem. Só não pode se calar". Ela explica que a partir da denúncia, o Conselho Tutelar é acionado e vai à casa dos pais ver o que está acontecendo.
Fonte: UOL NEWS
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