segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pais ricos batem nos filhos tanto quanto os pobres, diz pediatra

Um bebê jogado, em um saco plástico, na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), no final do último mês, reacendeu o debate sobre a violência contra crianças. Renata Waksman, pediatra do hospital Albert Einstein e presidente do departamento de Segurança da Criança e do Adolescente na Sociedade Brasileira de Pediatria, afirma que em casos de gravidez indesejada, nascimento prematuro e de poucas chances de sobrevivência não há tempo suficiente para o fortalecimento do vínculo entre mãe e filho, o que pode precipitar abusos. Segundo ela, um dos grandes mitos é achar que a violência só ocorre entre as classes sociais mais baixas. "Infelizmente a violência é democrática, não escolhe sexo, etnia, classe social ou religião", afirmou, em entrevista ao programa "Consulta Médica", no UOL News.

A pediatra diz que a mudança no perfil da família também é responsável pelo aumento do nível de agressividade, que acaba canalizada nos filhos. "Muitas vezes só tem a mãe, que tem que trabalhar, cuidar da casa, da educação, com muitas responsabilidades que elevam o nível de ansiedade e de estresse."
A uma internauta com suspeitas de que os vizinhos abusam dos filhos a pediatra recomenda: "Você pode fazer denúncia anônima pelo 181, o Disque-Denúncia, que funciona muito bem. Só não pode se calar". Ela explica que a partir da denúncia, o Conselho Tutelar é acionado e vai à casa dos pais ver o que está acontecendo.

Fonte: UOL NEWS

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